quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Segurança na República Centro-Africana melhora, mas situação continua frágil, diz enviado da ONU

A melhora na situação do país permitiu o retorno de pessoas que haviam sido deslocadas pelo conflito, entretanto a tendência positiva ainda é frágil.
Representante especial e chefe da missão de paz da ONU no país, Babacar Gaye (à esquerda), incentiva os ex-combatentes a se juntar ao caminho para a paz na República Centro-Africana. Foto: MINUSCA
Representante especial e chefe da missão de paz da ONU no país, Babacar Gaye (à esquerda), incentiva os ex-combatentes a se juntar ao caminho para a paz na República Centro-Africana. Foto: MINUSCA
O progresso político, somado à implantação de forças de paz das Nações Unidas em quase 40 localidades, tem contribuído para a melhoria da situação de segurança geral na República Centro-Africana (RCA), disse nesta quarta-feira (5) o principal enviado da ONU no país ao Conselho de Segurança. Apesar dos avanços, a situação continua a ser precária, adicionou.
“A melhoria da situação atual no terreno permitiu que as pessoas deslocadas internamente pudessem retornar e que a atividade econômica fosse recuperada”, disse o representante especial do secretário-geral e chefe da missão de paz da ONU no país (MINUSCA), Babacar Gaye. “A segurança está melhorando gradativamente em Bangui, onde os sinais de vida normais dão um senso de confiança e os retornos do campo de deslocados no aeroporto para outras áreas da cidade indicam uma positiva, porém frágil, tendência.”
Na parte ocidental do país, um aumento recente de incidentes violentos na estrada principal entre a capital, Bangui e Camarões tem sido motivo de preocupação, disse Gaye, observando que desde maio, três soldados da paz ficaram feridos na área e, em 18 de julho, homens armados abriram fogo contra um veículo do Programa Mundial de Alimentos (PMA) escoltado pela MINUSCA, matando um motorista.
No centro do país, os confrontos entre o ex-Seleka e grupos anti-Balaka continuam a constituir uma ameaça para as populações locais, enquanto no leste da RCA, o grupo ex-Seleka continua tendo uma presença militar significativa. Além disso, o Exército de Resistência do Senhor (LRA) continua operando na parte sudeste do país.

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