Da Agência Lusa
Centenas de migrantes furaram hoje (22) um bloqueio de policiais macedônias na fronteira com a Grécia e há relatos de que a polícia fez disparos de granadas, para conter os migrantes, informou hoje (22) a emissora BBC.
Nos últimos dias, milhares de pessoas – a maioria refugiados da guerra na Síria – têm se concentrado na fronteira da Grécia. O objetivo é atravessar a Macedônia, a Sérvia e a Hungria, para chegarem ao norte da Europa.
A Macedônia fechou as fronteiras do Sul do país e declarou estado de emergência. Hoje, as forças de segurança do país deixaram entrar centenas de migrantes para embarcari em comboios para a Sérvia e outras localidades da Europa.
A entrada dos migrantes foi determinada pelas autoridades, de acordo com os horários de partida dos comboios. No entanto, segundo a agência de notícias Associated Press (AP), os migrantes furaram a barreira policial, quando as autoridades deixavam um pequeno grupo de crianças passar. A polícia tentou impedir a passagem do grupo e algumas pessoas ficaram feridas.
Na sexta-feira (21), vários migrantes foram espancados e as forças de segurança lançaram gás lacrimogêneo sobre os refugiados.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) expressou ontem preocupação com “os milhares de refugiados e migrantes vulneráveis, especialmente crianças e mulheres, que estão reunidas no lado grego da fronteira em condições de deterioração”.
A organização pediu para a Macedônia “estabelecer uma gestão ordenada e sensível para a proteção das suas fronteiras” e apelou à Grécia para “reforçar as atividades de registro e recepção [de refugiados] no seu lado da fronteira”.
O alto comissário António Guterres conversou com o ministro das Relações Exteriores da Macedônia, Nikola Poposki, que garantiu que a fronteira não será fechada no futuro. O Acnur disse entender a pressão que a região enfrenta e as "legítimas preocupações com a segurança", mas apelou ao governo macedônio para que estabeleça a ordem.
A agência também espera a cooperação da Macedônia para receber e registrar os migrantes que entram no país e "precisam de assistência".
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