No Conselho de Segurança, chefe humanitário das Nações Unidas, Stephen O’Brien, declarou que escala de sofrimento humano é “incompreensível”, com quatro a cada cinco iemenitas dependentes de ajuda humanitária e quase 1,5 milhão de pessoas deslocadas internamente.
Chocado com o que viu em sua recente visita ao Iêmen, o chefe humanitário da ONU, Stephen O’Brien, disse nesta quarta-feira (19) ao Conselho de Segurança que a escala do sofrimento humano é quase incompreensível, e que a menos que as partes interessadas consigam cessas as hostilidades e voltar à mesa de negociação, logo “não haverá mais nada pelo que lutar”.
“A população civil está arcando com o ônus do conflito – impressionantes quatro de cinco iemenitas necessitam de assistência humanitária e quase 1,5 milhão de pessoas estão deslocadas internamente. Mais de mil crianças foram mortas ou feridas e o número de jovens recrutados ou utilizados como soldados está aumentando”, disse o sub-secretário-geral para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
Relatando sobre as enormes necessidades da população, ele disse que elas continuam sendo exacerbadas por impedimentos às importações comerciais, resultando em escassez generalizada de alimentos e combustível. Em Áden, onde as pessoas estão sobrecarregadas com a escala da destruição, a tarefa à frente é a reconstrução da cidade “quebrada”, onde explosivos não deflagrados estão espalhados pelas ruas e edifícios. Além disso, a eletricidade, essencial para o bombeamento de água e moagem de cereais, é rara e intermitente.
Neste contexto, a ajuda humanitária por si só não pode satisfazer todas as necessidades de um país inteiro, com uma população de 26 milhões de pessoas. “É por isso que os aeroportos e portos marítimos precisam permanecer abertos e ser utilizados tanto para as importações comerciais quanto para suprimentos humanitários – sem restrições”, argumentou O’Brien.
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