terça-feira, 25 de agosto de 2015

Síria: UNESCO deplora destruição de templo na cidade síria de Palmira

“A destruição sistemática de símbolos culturais que encarnam a diversidade cultural síria revela a intenção verdadeira destes ataques, que é privar o povo sírio de seu conhecimento, identidade e história”, frisou a diretora-geral da Organização.
Sítio arqueológico de Palmira. Foto: UNESCO/Silvan Rehfeld
Sítio arqueológico de Palmira. Foto: UNESCO/Silvan Rehfeld
Extremistas “não podem silenciar a história”, declarou a diretora-geral da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, nesta segunda-feira (24), condenando veemente o Estado Islâmico do Iraque e do Levante pela destruição do antigo templo de Baal Shamin em Palmira, na Síria, considerado patrimônio da humanidade desde 1980.
“A destruição sistemática de símbolos culturais que encarnam a diversidade cultural síria revela a intenção verdadeira destes ataques, que é privar o povo sírio de seu conhecimento, identidade e história”, frisou Bokova.
Ela lembrou que há apenas uma semana o grupo extremista, conhecido na região como Da’esh, assassinou Khaled Al-Assaad, o arqueólogo que cuidou das ruínas de Palmira por mais de quatro décadas. “Esta destruição é um novo crime de guerra e uma imensa perda para o povo sírio e para a humanidade”, adicionou.
De acordo com a UNESCO, o templo de Baal Shamin foi construído há 2 mil anos e é uma mostra da história pré-islâmica do país, da época do imperador romano Adriano. O templo era uma das construções mais importantes e melhor preservadas em Palmira.
De acordo com vários relatos, a explosão do edifício ocorreu neste domingo (23).
“Os extremistas buscam destruir a diversidade e a riqueza e peço à comunidade internacional para manter-se unida contra a limpeza cultural persistente. Da’esh está matando pessoas e destruindo sítios arqueológicos, mas não pode silenciar a história e irá, finalmente, fracassar em apagar a grandeza da cultura da memória do mundo. Apesar dos obstáculos e fanatismo, a criatividade humana perdurará, construções e sítios serão reabilitados e alguns reconstruídos”, concluiu Bokova.

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