Apesar dos esforços coordenados de resgate, muitos continuam a morrer ao tentar atravessar o Mar Mediterrâneo. ONU pede mais coordenação da Europa para receber essa população.
O número de refugiados e migrantes que atravessaram o Mediterrâneo para chegar à Europa ultrapassou 300 mil pessoas este ano, anunciou a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) nesta sexta-feira (28). A cifra é superior à quantidade total que chegou ao continente no ano passado, estimada em 219 mil.
“Estima-se que 2.500 refugiados e migrantes morreram ou desapareceram este ano ao tentar a travessia para a Europa – comparados aos 3.500 que morreram ou desapareceram no Mediterrâneo em 2014”, disse a porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), Melissa Fleming.
Apesar dos esforços da operação conjunta europeia de busca e resgate que já salvou milhares de vidas (denominada ‘Frontex’), o Mar Mediterrâneo continua a ser a rota mais perigosa para refugiados e migrantes. Fleming alertou que, apenas nos últimos dias, três incidentes separados provocaram várias mortes.
Em um deles, perto da costa da Líbia, estima-se que 200 pessoas desapareceram. Em outro, 51 pessoas morreram sufocadas no porão de uma embarcação. Segundo relatos, os traficantes cobravam para permitir que os passageiros saíssem para respirar.
Apesar de os números serem esmagadores para a capacidade já estendida de alguns países receptores, como Grécia, Macedônia, Hungria, Sérvia ou Alemanha, a quantidade é administrável através da resposta colaborativa e coordenada em nível europeu, explicou o ACNUR. Por isso, todos os países europeus e a União Europeia devem atuar juntos para responder a crescente emergência e demonstrar responsabilidade e solidariedade.
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