Segundo a vice-chefe da Missão na República Centro-Africana, foram registrados 13 casos de abuso sexual supostamente envolvendo integrantes da Força de Paz da ONU.
Condenando todos os casos de exploração e abuso sexual cometido por seu pessoal, a Missão Multidimensional Integrada de Estabilização das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA) disse nesta quinta-feira (20) que está determinada a acabar com esse “gravíssimo problema”.
“É uma chaga sobre a Missão e no excelente trabalho que a esmagadora maioria do pessoal da MINUSCA está fazendo. Estamos determinados a resolver este problema e garantir que a Missão da ONU cumpra o seu mandato, sirva ao povo da República Centro-Africana (RCA), e isso inclui em particular as vítimas desses tipos de abusos,” disse a vice-chefe da MINUSCA, Diane Corner, durante uma videoconferência a partir da capital, Bangui.
Ela disse aos jornalistas em Nova York que 13 casos de abuso sexual supostamente envolvendo pessoal uniformizado da MINUSCA foram registrados desde a transferência do mandato do comando francês para a ONU em 15 de setembro de 2014. “Desses casos, nove envolvem ataques que teriam sido contra menores”, explicou Corner, destacando que “o forte aumento nos casos notificados nos últimos 3 meses é motivo de preocupação”.
A resposta da Missão para esses relatórios tem sido de estabelecer rapidamente se as alegações são confiáveis, e depois de cuidar do bem-estar das vítimas, que recebem atendimento médico e psicossocial. Nos casos que envolvem as tropas da MINUSCA, é da responsabilidade do país da tropa contribuir com a investigação, enquanto a Missão deve preservar as provas, que fornece a base para condenações e punições para os agressores, continuou Corner.
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