Segundo a agência da ONU, as doenças infecciosas se tornaram ‘uma ameaça muito maior’ no século 21 diante do volume global de cerca de 100 mil voos transportando 8,6 milhões de passageiros por dia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta segunda-feira (24) que as doenças infecciosas se tornaram “uma ameaça muito maior” no século 21 diante do inédito volume global de viagens de cerca de 100 mil voos transportando 8,6 milhões de passageiros por dia. Entretanto, “a experiência do surto de ebola provavelmente representa nossa melhor chance de transformar a resposta mundial às epidemias e outras emergências de saúde”.
A diretora-geral da OMS Margaret Chan fez essas observações em Genebra, na Suíça, no início de uma reunião de dois dias do Comitê de Revisão sobre o Papel das Normas Internacionais de Saúde na resposta ao surto de ebola, constituído por especialistas com uma gama de conhecimentos científicos e experiências práticas em saúde pública, segurança, direito e comércio.
A avaliação ocorre em um momento de entendimento quase universal de que a resposta internacional ao surto de ebola na África Ocidental foi inadequada. “Quando o número de casos na Guiné, Libéria e Serra Leoa começou a aumentar exponencialmente, todos os agentes de resposta, incluindo a OMS, ficaram sobrecarregados”, disse ela, lembrando que a epidemia que já matou mais de 11 mil pessoas, foi o maior, mais longo e mais mortal evento da história em quatro décadas do surgimento da doença.
Segundo Chan, a gestão do regime global para controlar a propagação internacional de doenças é uma responsabilidade central e histórica da OMS e que “nosso desafio agora é olhar para as melhorias que deixem o mundo melhor preparado para o próximo inevitável surto”.
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