sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Relator especial da ONU pede transparência na investigação de acidente químico na China

“As restrições informadas sobre acesso público à informação sobre saúde e segurança e liberdade de imprensa após o incidente são profundamente preocupantes, principalmente na medida em que arrisca aumentar o número de vítimas desse desastre”, destacou o especialista.
Imagem de Tianjin, China. Foto: Banco Mundial/Yang Aijun
Imagem de Tianjin, China. Foto: Banco Mundial/Yang Aijun
O governo da China e as empresas relevantes no país devem garantir a transparência total na investigação do desastre químico em Tianjin, incluindo tanto as causas quanto os efeitos da explosão, afirmou nesta quinta-feira (20) o especialista independente de direitos humanos da ONU sobre substâncias e resíduos perigosos.
“As autoridades chinesas devem também avaliar se as leis da China para substâncias e resíduos perigosos são consistentes com os padrões internacionais dos direitos humanos, incluindo o direito à informação”, complementou o relator especial, Baskut Tuncak.
O especialista observou que, segundo a lei internacional dos direitos humanos, o Estado tem a obrigação de gerar, avaliar, atualizar e disseminar informação sobre sustâncias perigosas, enquanto empresas têm a responsabilidade de respeitar os direitos humanos, incluindo transmitir informações a respeito de forma eficaz.
“A falta de informação quando necessária – informação que serviria para mitigar ou talvez até prevenir este desastre – é realmente trágica”, sublinhou o especialista. “Além disso, as restrições informadas sobre acesso público à informação sobre saúde e segurança e liberdade de imprensa após o incidente são profundamente preocupantes, principalmente na medida em que arrisca aumentar o número de vítimas desse desastre.”

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