terça-feira, 4 de agosto de 2015

ONU: Agenda de Ação de Adis Abeba incentiva investimentos em áreas de necessidades globais

Na visão brasileira, o documento final de Adis Abeba estabelece o quadro conceitual para mobilizar recursos para a promoção do desenvolvimento nos próximos anos.
Foto: ONU
Foto: ONU
O documento final da Terceira Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, aprovado no dia 16 de julho, em Adis Abeba, Etiópia, e ratificado pela Assembleia Geral, lançou uma nova era de cooperação e de parceria global. A Agenda de Ação de Adis Abeba fornece incentivos para o investimento em áreas de necessidades globais e alinha os fluxos de financiamento e políticas com prioridades econômicas, sociais e ambientais.
“A participação do Brasil nas negociações preparatórias para a Conferência procurou um equilíbrio apropriado entre as diferentes fontes de financiamento para encorajar o tratamento harmonioso e a consideração de fontes privadas e públicas, nacionais e internacionais, bem como as diferentes realidades e necessidades dos países em desenvolvimento”, afirmou o assessor sênior do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, Haroldo Machado Filho, que esteve presente no evento.
Na visão brasileira, o documento final de Addis Abeba estabelece o quadro conceitual para mobilizar recursos para a promoção do desenvolvimento nos próximos anos. No entanto, serão necessárias discussões subsequentes para que se obtenham mais detalhes sobre os meios de implementação nos mecanismos de acompanhamento a serem acordados no âmbito da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, incluindo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), garantindo resultados concretos em termos de financiamento.
No que diz respeito aos ODS, quantidade significativa de recursos dependerá de ações governamentais e de fontes públicas de financiamento para sua implementação. Nesse contexto, espera-se que o resultado de Adis Abeba possa fornecer a base para a provisão de instrumentos adequados e criar um ambiente propício para a mobilização de recursos pelos países em desenvolvimento, especialmente por meio do fortalecimento da cooperação fiscal internacional e da luta contra os fluxos ilícitos.

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