Entre as medidas futuras, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde sublinhou uma série de reformas críticas que irá implementar, incluindo o estabelecimento de uma força-tarefa global de emergência para saúde, capaz de entrar em ação de forma imediata.
A crise de ebola que devastou a África Ocidental por mais de um ano demonstrou a crescente importância da preparação para emergências, tanto na África quanto em todo o mundo, disseram representantes do âmbito da saúde das Nações Unidas, observando que se o intenso foco atual na detecção de casos e o rastreamento for mantido, o vírus pode ser “derrotado” no final de 2015.
Informando o Conselho de Segurança da ONU na última quinta-feira (13) sobre a resposta global ao ebola, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, observou que a combinação de falta de capacidades de saúde pública e infraestruturas expôs a África Ocidental a uma vulnerabilidade perigosa – de Guiné a Libéria – levando a um surto sem precedentes em escala e duração.
O enviado especial da ONU para o ebola, David Nabarro também reiterou a necessidade de uma maior coesão internacional para a resposta de novas emergências.
“A segurança humana depende da habilidade de antecipar estes surtos, reagir rapidamente, frear a propagação e prevenir o sofrimento”, disse. “Sociedades que coletivamente reconhecem as ameaças à saúde, que proativamente respondem a estes desafios e que engajam com os seus sistemas de saúde na reposta estão no coração de nações e um mundo mais seguro.”
O primeiro caso da atual crise de ebola foi relatado em março de 2014 na Guiné, e rapidamente se espalhou por toda a região para Serra Leoa e a Libéria, matando mais de 11 mil pessoas em uma epidemia que também teve registros isolados nos Estados Unidos e Europa. Atualmente não há relato de novos casos, levando algum otimismo entre a comunidade médica internacional.
Entre as medidas futuras, a chefe da OMS sublinhou uma série de reformas críticas que ela irá implementar na Organização, incluindo o estabelecimento de uma força-tarefa global de emergência para saúde, uma plataforma operacional poderá entrar em ação imediatamente, além de referências de desempenho e vias destinadas a adquirir o financiamento necessário.
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