quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Nações Unidas exortam governo do Burundi a trilhar ‘novo caminho’ através do diálogo

A ONU e enviados internacionais afirmam que o diálogo político inclusivo é a única forma de restaurar a credibilidade do governo do país que sofre com instabilidade, declínio econômico e crise humanitária.
Barricadas queimadas em Bujumbura em meio ao tumulto que irrompeu no Burundi. Foto: Desejo Nimubona / IRIN
Barricadas queimadas em Bujumbura em meio ao tumulto que irrompeu no Burundi. Foto: Desejo Nimubona / IRIN
governo do Burundi deve aproveitar imediatamente a oportunidade para o diálogo e estabelecer um “novo caminho”, declararam as Nações Unidas e enviados internacionais nesta quarta-feira (12), condenando a onda de ataques recentes no país devastado pela crise e exortando as partes a demonstrarem “contenção, liderança e visão”.
“Após meses de agitação e do controverso processo eleitoral, o governo do Burundi pode começar a restaurar a credibilidade por meio do engajamento em um diálogo político inclusivo com os partidos políticos, incluindo a oposição e os Frondeurs do CNDD-FDD, e a sociedade civil”, afirmou o enviado especial do secretário-geral para a Região dos Grandes Lagos, Said Djinnit, em um comunicado conjunto com um time internacional de enviados especiais para a região.
“O governo do Burundi não pode se dar ao luxo de continuar a descer uma estrada marcada por instabilidade, divisão, extremo declínio econômico e crise humanitária. Já uma das economias mais frágeis do mundo, a economia do Burundi submergiu ainda mais nos últimos meses e mostra poucos sinais de que pode se recuperar na ausência de uma solução para a crise política”, declararam os enviados, destacando que a disposição dos doadores para continuar sua parceria com o governo depende do progresso no sentido de restabelecer as credenciais democráticas do país.
Cobrando o fim imediato da violência, eles condenaram o assassinato do general Adolph Nshimirimana e o ataque ao defensor dos direitos humanos Pierre Claver Mbonimpa, ao jornalista Esdras Ndikumana e a outros, e apelaram para que os responsáveis sejam responsabilizados.

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