Mais de 213 mil pessoas receberam assistência alimentar e 10 mil abrigos de emergência foram inicialmente planejados para atender às necessidades de habitação nas áreas mais afetadas.
Recém-chegada da região de Sagaing, atingida pela enchente, em Mianmar, a coordenadora humanitária das Nações Unidas para o país, Renata Dessallien, descreveu a devastação que testemunhou. A representante afirmou nesta quarta-feira (12) sentir-se “humilde pela incrível e espontânea manifestação pública de solidariedade e assistência aos afetados pelas comunidades alagadas”.
De acordo com o relato de Dessallien emitido pelo Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), a ONU e os seus parceiros, em apoio ao governo e em parceria com organizações locais, continuam incrementando a resposta humanitária. Mais de 213 mil pessoas receberam assistência alimentar, 10 mil abrigos de emergência foram inicialmente planejados para atender às necessidades de habitação nas áreas mais afetadas, e foram distribuídas pastilhas de purificação de água e de kits de higiene, assim como a limpeza de poços e lagoas.
Com o recuo das águas, comunidades inteiras se encontram agora soterradas sob lama e detritos. Colheitas foram destruídas, casas desabaram, o gado foi morto e preciosos pertences foram varridos do mapa. Na última atualização da situação no terreno, o OCHA e seus parceiros em Mianmar relatam que, desde meados de julho, mais de 1 milhão de pessoas foram gravemente afetadas pelas cheias das monções e deslizamentos de terra. Além disso, mais de 687,2 mil hectares de terras agrícolas foram danificados, e muitas estradas e pontes foram destruídas nos estados e regiões mais afetadas.
Apesar de, até o momento, as necessidades básicas das pessoas afetadas pelas enchentes já terem sido cumpridas, a temporada de chuva ainda não terminou, advertiu a representante. “Estamos preocupados com as previsões de chuvas adicionais. Devemos manter nossos esforços para responder às necessidades imediatas, bem como garantir para as pessoas, cujos bens e meios de vida foram perdidos, que elas poderão se recuperar em breve”, concluiu Dessallien.
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