terça-feira, 4 de agosto de 2015

Enviado da ONU para o Iêmen pressiona em direção à solução política em reuniões no Cairo

Desde que o conflito eclodiu no país em março, mais 1,9 mil civis já morreram e outros 4 mil ficaram feridos. Quase 100 mil pessoas foram forçadas a cruzar a fronteira.
Um refugiado do Iêmen em Obock, no norte do Djibouti, localidade transformada em um refúgio seguro para centenas de pessoas que fogem do conflito cada vez mais violentos no Iêmen. Foto: ACNUR / H. McNeish
Um refugiado do Iêmen em Obock, no norte do Djibouti, localidade transformada em um refúgio seguro para centenas de pessoas que fogem do conflito cada vez mais violentos no Iêmen. Foto: ACNUR / H. McNeish
O enviado especial das Nações Unidas para o Iêmen, Ismail Ould Chiekh Ahmed, reuniu-se com autoridades no Cairo, Egito, como parte dos esforços em curso para alcançar uma solução política para o conflito que provocou a morte de mais de 1,9 mil mortes de civis desde que os combates eclodiram em março e forçou quase 100 mil pessoas a fugir do país.
Ele se reuniu com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Elaraby, com quem trocou opiniões sobre a situação no Iêmen e o processo de paz, disse nesta terça-feira (04) o porta-voz da ONU, Ahmad Fawzi, a jornalistas em Genebra.
O secretário-geral disse que “a Liga, quando chegar a hora, consideraria seriamente a questão de monitores, no caso de um cessar-fogo”, disse Fawzi. Ele acrescentou que “o enviado especial ainda se sente, como ele disse em Genebra, que há um “impulso para uma solução política ser alcançada e ele está empurrando todas as partes nesse sentido”.
Enquanto isso, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), informou que quase 100 mil pessoas fugiram do Iêmen desde o conflito irrompeu no final de março. Cerca de 1,2 milhões de pessoas deslocadas internamente e cerca de 250 mil refugiados continuam precisando de assistência em condições extremamente desafiadoras com acesso severamente restringido. Além disso, o número de mortes chega a mais de 1,9 mil e o de feridos a mais de 4 mil, segundo o Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos (ACNUDH).

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