quinta-feira, 3 de setembro de 2015

ONU pede acesso sem obstáculos para levar ajuda vital aos iemenitas no sudeste do país

Civis estão encurralados entre as frentes de combate e são vítimas de bombardeios indiscriminados da coalizão. Sistema de saúde é precário e habitantes da região sofrem com um surto de dengue.
Meninas pegam água no distrito de Mawyah, Taiz, Iêmen. Foto: OCHA
Meninas pegam água no distrito de Mawyah, Taiz, Iêmen. Foto: OCHA
Bombardeios, confrontos armadas e saques na província de Taiz, no Iêmen, pioraram ainda mais a situação desesperada e o crescente sofrimento humanitário na região, alertou o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) nesta quinta-feira (03), solicitando um acesso sem obstáculos para que os suprimentos cheguem às pessoas em necessidade.
Densamente povoada, Taiz já era considerada uma das províncias mais vulneráveis entre as 22 do país. Em sua última atualização sobre a crise, o OCHA revelou que entre 14 e 27 de agosto pelo menos 95 civis, incluindo 52 crianças e 20 mulheres, morreram e outros 129 civis ficaram feridos durante bombardeios indiscriminados.
A cidade de Taiz está sendo descrita pela ONU como um “campo de batalha”, em que seus cidadãos estão encurralados entre as linhas de combate e sem condições de buscar abrigos seguros. Residências estão sendo destruídas como punição para o que é percebido como apoio à oposição.
A situação da saúde também é precária, com danos na infraestrutura e falta de combustível, remédios e suprimentos hospitalares. Nenhum dos seis hospitais públicos está operacional e, segundo o OCHA, militantes tomaram o Hospital Internacional do Iêmen em Taiz, expulsando os 80 pacientes, 20 deles na unidade intensiva de tratamento. A população também sofre com um surto de dengue, que já afetou 432 pessoas desde 25 de agosto.

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