Mais de 20% dos afegãos tomaram medidas desesperadas para resolver a questão como vender terras, tiras crianças da escola e pedir dinheiro na rua.
O número de pessoas no Afeganistão vendendo terras ou pedindo ajuda para família e amigos por causa deinsegurança alimentar dobrou no último ano, de acordo com o relatório Acesso à Segurança Alimentar Sazonal no Afeganistão de 2015 (SFSA). O documento foi publicado por meio do grupo de Segurança Alimentar e Agricultura (FSAC) do país, pelas Nações Unidas e agências parceiras.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) afirmou que a principal preocupação relatada está no fato das pessoas que enfrentam uma grave insegurança alimentar já terem esgotado seus meios para lidar com este problema. O número de pessoas adotando medidas desesperadas, como tirar os filhos da escola ou vender suas terras, aumentou para mais de 20% no país; atos que acarretarão em mais afegãos vivendo em extrema pobreza.
“Essa situação é extremamente preocupante, especialmente no Afeganistão, em que mais de um terço da população já lida com a insegurança alimentar”, afirmou o diretor do Programa Mundial de Alimentos (PMA) no país, Claude Jibidar.
O relatório mostra ainda que as mulheres chefes de família no Afeganistão já são quase 50%. São elas que possuem uma maior probabilidade de sofrerem com a insegurança alimentar, por contarem com menos renda. Segundo o relatório, as matriarcas também têm o dobro de chances de tomar medidas emergenciais, como pedir dinheiro na rua.
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