domingo, 13 de setembro de 2015

Quatro bebês e 11 crianças morrem ao largo de ilha grega

Subiu para 34 o número de mortos na sequência do naufrágio de um barco com 112 refugiados que tentava chegar à Europa, incluindo 4 bebés e 11 crianças, naquele que é o mais recente acidente da crise migratória.
O número foi hoje avançado pela agência de notícias grega, ANA, que diz que quatro bebés e onze crianças, seis rapazes e seis raparigas, morreram perto da ilha grega de Farmakonisi quando o frágil barco de madeira se afundou devido aos ventos fortes que se fazem sentir na zona.
Umm total de 34 pessoas foram já confirmadas mortas, tendo as autoridades resgatado do mar com vida 68 pessoas; e mais 29 conseguiram nadar até à costa da pequena ilha no sul da Grécia.
A guarda costeira está ainda à procura de quatro crianças desaparecidas depois de outro barco se ter afundado ao largo da ilha grega de Samos, perto da costa da Turquia.
Estas últimas tragédias seguem-se à da morte de muitos refugiados, incluindo um menino de 3 anos, cuja fotografia do corpo numa praia da Turquia tornou-se um símbolo da crise migratória que a Europa enfrenta devido ao elevado número de refugiados que tentam fugir à guerra no seu país, principalmente na Síria.
Desde o princípio do ano, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações, mais de 430 mil migrantes chegaram à Europa, tendo 2,748 morrido ou desaparecido.
A notícia destas mortes surge também no contexto de críticas de vários políticos europeus à maneira como a Grécia e a Turquia têm guardado as suas fronteiras, que delimitam também a União Europeia, mas as críticas são rejeitadas pelas autoridades gregas e turcas.
"A Grécia está a aplicar rigorosamente os tratados europeus e internacionais, sem ignorar a humanidade da situação", disse a primeira-ministra do Governo de transição Vassiliki Thanou, durante uma visita a Lesbos, uma ilha grega que tem atualmente mais refugiados que habitantes, de acordo com a imprensa internacional.
A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu no sábado que Atenas tem de fazer mais esforços para proteger as fronteiras externas: "Temos uma segunda fronteira externa, que é entre a Grécia e a Turquia, onde precisamos de proteção. E esta proteção, neste momento, não está a ser garantida", disse.
"A Grécia tem de levar a cabo a sua responsabilidade... vamos também falar com a Turquia", disse a líder do Governo germânico.

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