sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Rio tem Dia D para inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho


Pessoas com deficiência se cadastraram para um emprego do Dia D da Inclusão Profissional (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Pessoas com deficiência se cadastraram para um emprego do Dia D da Inclusão ProfissionalTomaz Silva/Agência Brasil
A segunda edição do “Dia D” da Inclusão Profissional de Pessoas com Deficiência e Reabilitados do INSS no Mercado de Trabalho ocorreu hoje (25), no Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência (CIAD), na Presidente Vargas, região central do Rio. O objetivo é reunir, em um mesmo espaço, empresas que devem cumprir cotas de inclusão e trabalhadores com deficiência, que pretendem se recolocar no mercado de trabalho.
Cerca de 600 pessoas participam da mobilização, entre portadores de deficiência e reabilitados, que poderão se cadastrar nas vagas durante a feira, além de empresários e autoridades.
O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, falou da importância da iniciativa, principalmente por causa da situação econômica que o país vive. “É de extrema importância, haja vista que geraremos muitos empregos em um momento de dificuldade que o Brasil atravessa. Sem contar a oportunidade para as empresas de despertarem, abrirem os olhos também para os deficientes e reabilitados”, disse.
De acordo com o secretário municipal de Trabalho e Emprego, Augusto Ribeiro, as empresas já estão atentas a esse público. “Estamos fazendo um trabalho de conscientização e conseguimos aumentar o número de vagas oferecidas. Já contamos no nosso sistema com um ranking das 10 empresas que mais contrataram. A expectativa é que isso aumente cada dia mais”. A Universidade Estácio de Sá é a empresa que mais contrata portadores de deficiência, de acordo com o ranking.
Segundo Adriana Porto, 41 anos, reabilitada pelo INSS, a feira é uma ótima oportunidade de tentar a recolocação no mercado de trabalho, porém, a imagem dos deficientes e reabilitados perante os contratantes tem que ser diferente.
“É ótimo a gente poder tentar conseguir algo pra nossa vida, já que é muito difícil conseguirmos algo efetivamente. As empresas olham para a gente com outros olhos, achando que nunca mais seremos os mesmos, que não temos mais capacidades de desempenhar nosso papel. Isso não é verdade! Infelizmente, no meu último trabalho, eu fui demitida justamente após ser diagnosticada com água no joelho. Alguns não tem paciência”, lamenta.
O dia D surgiu de experiências feitas no Mato Grosso, em 2012, e na Bahia, em 2013, que apresentaram resultados satisfatórios, principalmente na mobilização e conscientização de empresas locais. Com o sucesso da iniciativa, o Ministério do Trabalho e Emprego decidiu expandir, a partir de 2014, a proposta para todos os executores do Sistema Nacional de Emprego (SINE), com ações ocorrendo simultaneamente nas cinco regiões do país.
As palestras vão ocorrer até as 16h, sobre os desafios da inclusão social, reabilitação profissional e apresentações de dança, assim como será abordado o uso da chamada “tecnologia assistiva”, que significa todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente, promover a sua independência e inclusão.

Edição: Maria Claudia  Da Agência Brasil

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