sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Para muitas famílias, pena de morte não honra as vítimas assassinadas, afirma chefe da ONU

Ban Ki-moon defendeu o direito das famílias das vítimas a ter acesso a mecanismos jurídicos e informação referente ao processo. Escritório de Direitos Humanos lembrou que pena de morte interfere no processo de recuperação das famílias.
Foto: EBC
Foto: EBC
Em mensagem ao evento “Afastando-se da Pena de morte: A voz das famílias das vítimas (Moving Away from the Death Penalty: The Voices of Victims’ Families)”, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou a necessidade de garantir os direitos das famílias das vítimas. O evento, paralelo ao debate da Assembleia Geral, organizado pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), aconteceu nesta terça-feira (29).
“Frequentemente essas políticas (de pena de morte) são justificadas pelas autoridades invocando os direitos das famílias das vítimas dos crimes. Na verdade, muitas famílias acreditam que responder uma morte com outra não honra a vítima”, argumentou Ban Ki-moon.
Para o secretário-geral, as famílias das vítimas deveriam ter acesso a informações judiciais que contemplem formas eficazes e apropriadas de punição aos crimes. Ele também destacou a necessidade de proteção das vítimas, suas famílias e testemunhas.
Há 70 anos, apenas 14 países haviam abolido a pena de morte. Atualmente, 82% das nações puseram fim às práticas de execução como punição na lei ou na prática. No período de um ano, a República de Fiji, Madagascar, Suriname e o estado de Nebraska, nos Estados Unidos, acabaram com as execuções. Apesar do avanço mundial nesse sentido, Ban Ki-moon pede esforço coletivo para pôr fim definitivo à pena de morte.

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