sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Cúpula da ONU sobre refugiados propõe diretrizes para melhorar o acolhimento dessa população

Em reunião paralela à Assembleia Geral da ONU, Ban Ki-moon sugeriu princípios para orientar países na recepção de refugiados. “A preservação da vida deve guiar todos os nossos esforços”, destacou.
Mais de 500 mil migrantes e refugiados chegaram à Europa neste ano. Foto: ONU
Mais de 500 mil migrantes e refugiados chegaram à Europa neste ano. Foto: ONU
Nesta quarta-feira (30), em reunião paralela à 70ª sessão da Assembleia Geral da ONU, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, convocou líderes mundiais a se preparem de forma mais adequada para receber refugiados que fogem de zonas de conflito. O dirigente propôs princípios e diretrizes que, caso fossem adotados por cada Estado-membro, poderiam garantir os direitos das populações deslocadas.
“Devemos acelerar nosso trabalho para prevenir e impedir guerras e perseguições. Mas nós sabemos que os conflitos não vão desaparecer da noite para o dia. Mais pessoas fugirão das crises e vão continuar se deslocando em busca de melhores oportunidades. Nós temos que estar mais bem preparados”, afirmou Ban Ki-moon.
Entre os oito princípios sugeridos pelo secretário-geral, estão a preservação da vida, a proteção dos refugiados, a não discriminação, a preparação para conceder o direito a asilo ou refúgio, o compartilhamento das responsabilidades entre países para aumentar o número de locais de reassentamento e a cooperação entre nações de origem, de trânsito e de destino.
O representante do secretário-geral para Migração Internacional, Peter Sutherland, destacou a importância da cooperação internacional para lidar com a crise, que tende a se agravar. “No contexto das migrações, os vencedores serão os atravessadores, os traficantes e os empregadores inescrupulosos. Os perdedores serão os despossuídos, os que passam fome, os vulneráveis, os indefesos e as crianças”, afirmou. Segundo Sutherland, todos os países podem ajudar de alguma forma. “Proximidade não determina responsabilidade”, acrescentou.

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